O fim de semana foi recheado de boa música, reunindo 80 artistas no palco O Bloco Cultural de Cubatão recebeu iluminação especial e som potente para receber, em grande estilo, a Banda Marcial da cidade. Os 20 anos do Grupo foram comemorados de maneira grandiosa neste fim de semana. O "Show dos 20 anos" reuniu em um só palco cerca de 80 artistas entre músicos, cantores e crianças que sonham em viver da música. A abertura ficou por conta do anfitrião, o Maestro Alexandre Felipe Gomes, criador da Banda Marcial e regente da Equipe até hoje. Conhecido por seu estilo inovador, a comemoração dessas duas décadas de vida não poderia fugir à regra: a Marcial abriu o concerto com uma versão sinfônica de "Bad romance", de Lady Gaga, arrancando muitos aplausos da plateia, principalmente dos mais jovens. Cantores cubatenses foram convidados para interpretar canções ao lado da marcial. O repertório foi eclético: de Gilberto Gil a Lenine, passando por Frank Sinatra e Phil Collins. De acordo com o Maestro, cada artistas escolheu a música que iria cantar. Os arranjos sinfônicos foram cuidadosamente elaborados por Mauro Tirolli. Participaram do show os seguintes cantores: Anderson Borges que interpretou "Ladeira da preguiça" (Gilberto Gil), João Paulo e Monique Martins – ambos integrantes do Coral Zanzalá – que trouxeram vida, respectivamente, às canções "Vida de viajante" (Luiz Gonzaga) e "Tic to tic", Fabrício Rodrigues trouxe a belíssima "I can not believe it's true" (Phil Collins), Wagner Rocha interpretou "Jaksoul brasileiro" (Lenine). Walter e Vieira transportaram o público para uma noite no sertão com "Saudades da minha terra" (Sérgio Reis), José Carlos trouxe "Corazón partió" (Alejandro Sanz), Gelson Ribeiro emprestou a voz para "Just the way you are (Billy Joel), Amauri Fontes interpretou "Borbulhas de amor" (Fagner), Mayara Magalhães levou encanto com "Cara valente" (Marcelo Camello), Waldecir Ribeiro participou da festa com a canção "I've got you under my skin" (Frank Sinatra) e Simone Ancelmo trouxe o samba de raiz com um pout-pourri de Cartola. Momento especial aconteceu durante a apresentação de Marcela Oliveira com "Se tu quiseres crer", canção gospel famosa na voz de Robinson Monteiro. Vale lembra que durante todas as músicas, os backing-vocals foram gentilmente cedidos pelo Coral Zanzalá: quatro cantores do Grupo brilharam dando apoio à festa. O espetáculo contou, também, com a participação do Coral da Escola Técnica de Música e Dança "Ivanildo Rebouças da Silva" que reuniu mais de 40 crianças e adolescentes interpretando "Aleluia" de Handel. A noite de homenagens terminou com o Maestro Alexadre Felipe Gomes agradecendo a todos aqueles que fazem a Banda brilhar: Paulo Henrique Paiva, regente-assisitente; Miltom Custódio, assessor cultural; Bruna Assumpção, coordenadora administrativa ; montadores; Patrícia Campinas, Secretária de Cultura de Cubatão, representando a Prefeita Marcia Rosa; Edna Maria Lemos, ex-diretora de Cultura de Cubatão, responsável pela criação da Marcial. Essas duas décadas de amor, cumplicidade e busca pela sonoridade perfeita são um marco para a Marcial, seus músicos, o Maestro Alexandre e toda a equipe por trás da cena, fruto de muito trabalho e apoio através da Prefeitura de Cubatão. A Banda Marcial é um dos Grupos Artísticos mantidos pela administração municipal por meio da Secretaria de Cultura. A Equipe teve início no Desfile de Nove de Abril em 1990. De lá pra cá, foram conquistas e busca pelo aperfeiçoamento técnico. Atualmente, a Marcial conta com 60 músicos em fase de profissionalização e 30 integrantes do Corpo Coreográfico, sendo um dos Grupos Artísticos mantidos pela Prefeitura de Cubatão. E os planos não param: de acordo com o Maestro Alexandre, esse mesmo espetáculo deve percorrer várias cidades da Baixada Santista ano que vem e será batizado com o nome "Vozes". O concerto lotou o Bloco Cultural no sábado e teve reapresentação no domingo. Grande emoção aconteceu quando todos os cantores e músicos interpretaram "O que é, o que ?" de Gonzaguinha. Momento de confraternização e que trouxe à tona o sonho de Afonso Schmidt em ver uma Cubatão completamente voltada para as artes. Texto e fotos: Morgana Monteiro |